segunda-feira, 2 de março de 2009

Desperdício

Deus quando criou o mundo foi para a humanidade desfrutá-lo, não para destruí-lo. No mundo existem muitas riquezas inexploradas ainda por descobrir e outras que são extintas a cada momento sem que nunca venham a dar os frutos para as quais foram criadas. Imaginem quanta prosperidade a civilização já poderia ter alcançado se não fosse o senso comum de que ser rico é gastar inconseqüentemente.
Não me refiro apenas às riquezas naturais, mas a tudo, inclusive as idéias. Quando se fala em reciclagem de idéias, não é apenas trocar um velho conceito por outro mais novo e que muitas vezes está na moda. Antes de descartar algo, precisamos ver se este algo pode ter uma outra utilização neste ou num momento futuro.
Assim como devemos utilizar racionalmente os recursos, também as idéias e as palavras. No caso das palavras, devemos pensar antes de falar. E só expressar idéias que nos são caras para as pessoas corretas, que saberão nos ouvir e expressar uma opinião sensata sobre o que está sendo exposto. É desgastante falar com pessoas que não nos ouvem ou que combatem tudo o que externamos, sem acrescentar algo de realmente útil para nós. Não digo que este ouvinte tenha que concordar conosco, mas levantar questões as quais poderíamos não ter pensado, lançar um outro ponto de vista sem abalar nossa autoconfiança.
Descartar uma idéia em seu embrião pode ser um grande erro, um vez perdida no tempo, as circunstancias que formaram aquela idéia não mais retornarão e nem a lembrança daquele momento. O que pode parecer esdrúxulo hoje pode ser o grande conceito de amanhã. Ridicularizar alguém por algo que ele tenha expressado pode ser uma das maiores crueldades que se pode fazer com alguém. Podemos estar destruindo os sonhos e fantasias de alguém para sempre. Devemos ter os pés no chão, mas o coração deve buscar respostas onde nem sempre a razão alcança.