quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Medo de morrer?

Não parece ser algo lógico alguém viver clamando por Deus, viver alardeando ser uma pessoa de fé e ai mesmo tempo viver com medo da morte. Quem vive uma vida religiosa tem que se acostumar com a ideia de viver uma contradição: Amar a vida em todas as suas formas e não te medo da morte. Esta é um dos maiores indícios se a pessoa está vivendo sua vida de forma coerente com seus ideais e em plenitude.
Podemos estabelecer uma escala de um a dez, onde um é o pânico de morrer e dez é a Paz total diante do inevitável, qual seria sua nota pessoal diante disso? Pode não parecer, mas esta relação tem tudo a ver como alguém encara suas próprias relações amorosas e sexuais.
É normal e até saudável querer viver, até mesmo Jesus Cristo ficou apreensivo diante da noite iminente na cruz, mas no mesmo momento ele se recompôs e entregou sua alma nas mãos de Deus. Mas viver apavorado com o simples pensamento de que pode partir desta vida é angustiante e desgastante. Em vez de ficar as atenções neste tema, temos que ter atenção é com a vida e tudo que temos para fazer. A vida é curta e não há tempo a perder com bobagens que só servem para dispersar o pensamento e não traz nada de bom. 
Alguém que tem medo de morrer tende a fazer sexo, pode até fazer sexo por amor, mas onde predomina na relação ainda é o sexo. Tende a ter mais paixões descontroladas e a ser mais intensas nas cobranças. Vive com medo de perder seu objeto de desejo e sempre fica com uma sensação de vazio em si mesma. Ao par de quem não tem medo de morrer faz amor com sexo em suas relações, mas o amor é quem comanda a relação; suas relações tendem a ser tranquilas e sem cobranças, mas a fidelidade é fundamental para que haja uma relação de confiança.
Ainda na mesma escala, onde um retrata comportamentos instintivos animais e dez representa um sentimento sublime, podemos  descrever o comportamento assim: Na medida um o ser humano só pensa na sobrevivência e prazeres imediatos, já no nível dez o ser humano está perfeitamente equilibrado e em outras consigo mesmo, autoconfiante e coloca a ideias acima de sua segurança pessoal e prazeres físicos. Nesse nível mais elevado seus feitos são sempre sublimes e de uma pureza incontestável.
Quem vive com medo de morrer tende a ser materialista e acha que dinheiro e posição social pode comprar a saúde, amor e tranquilidade. Tem a pensar apenas em si mesmo nos momentos de dificuldade e tende a culpar a tudo e a todos pelas dificuldades que passou e ainda passa na vida. O medo é desgastante.
É uma atitude contraditória: dizer que tem fé em Deus, que ama Ele, que quer estar com Ele no Reino dos Céus, e entrar em pânico cada vez que tem um resfriado, ouve algum estampido ou vão saber de algum resultado de exame médico. É coerente pensar que Deus quer pessoas que queiram estar com Ele e não pessoas que entram em desespero só de imaginar a possibilidade de vê-Lo pessoalmente. Mas só chegará a vida eterna quem souber o valor e o sentido da vida, assim como souber se livrar das preocupações e entregar seus caminhos totalmente a Ele. Ele é o condutor da vida de cada um e não adianta se revoltar quando as coisas não saem como planejado

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

A aparência de Deus

"E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança."
Gênesis 1:26
O que significa: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança? Será que Deus tem a aparência humana? Como seria a aparência de Deus? Como Deus se parece? Será que Deus é um velho caucasiano de barbas brancas e longas,  vestido com um camisolão branco e que vive em um ambiente todo iluminado por luz semelhante àquelas feitas por lâmpadas florescentes? Será que Deus tem olhos, nariz, boca, cabelo, pescoço, tronco, braços e tudo mais que um de humano padrão possui?
Será que Deus tem todos os órgãos como os humanos tem? Será que Deus tem um coração que bombeia o sangue em suas veias? Será que Deus tem um nariz que absorve oxigênio para seus pulmões?
Se Deus fosse fisicamente semelhante ao ser humano não poderia viver no espaço sideral, ou teria que ir ao espaço a bordo de uma nave usando trajes espaciais para poder respirar e não ser destruído pelas enormes quantidades de radiações especiais. Ainda teria a problemática questão de como alimentar um ser de dimensões  infinitas, já que entendemos que Deus é um ser infinito.
E sendo Deus um de infinito semelhante ao homem, suas proporções físicas deveriam ser igualmente infinitas, então seria difícil ele ver o ser humano, um ser infinitamente pequeno se compararmos às proporções gigantescas de Deus.
Então muitos devem concordar que o que foi descrito até agora em relação a Deus não faz o menor sentido. Se Deus fosse semelhante ao ser humano, Ele não poderia estar em todos os lugares do mesmo tempo e nem vê tudo ao seu redor, pois a visão humana é binocular e o cérebro humano tem uma capacidade limitada de processar e compreender todas as informações que chegam a cada pessoa. E sendo o homem tão limitado, seu cérebro não tem a menor capacidade de raciocinar e descrever sobre o infinito.
O ser humano não consegue discernir sobre o infinito e nada que se assemelhe a ele. Não podemos imaginar medidas infinitamente grandes ou pequenas, como números, distâncias, peso, altura, largura, tempo, energia. E é com um cérebro tão limitado que temos a pretensão de determinar a forma de Deus e sermos conhecedores profundos de suas vontades, apenas porque um dia lemos a Bíblia. Ler a Bíblia não torna ninguém capaz de ser conhecedor de todos os mistérios. Não que a Bíblia seja um livro incompleto e limitado, mas porque o ser humano é limitado e pecador, e isso compromete sua capacidade de discernimento.
A única forma que podemos conhecer algo superior é nos tornarmos superiores. De forma análoga, não é possível instalar um programa de computador avançado em um hardware ultrapassado e sem as configurações necessárias para sua execução. Da mesma forma, não é possível vislumbrar sequer a centelha divina se o corpo e o pensamento estiverem pesarosos e carregados das preocupações exclusivas deste mundo.
Para conseguir elevar-se a ponto de sentir o suave calor da plenitude divina, tem-se que desprender-se após vícios deste mundo e tornar o pensamento e os sentimentos leves como o ar.

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Qual a religião de Deus?

"Ou fazei a árvore boa, e o seu fruto bom, ou fazei a árvore má, e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore."
Mateus 12:33
Cada crença acredita ser seu Deus o Deus verdadeiro, e que os outros são falsos deuses divulgado por hereges ou infiéis. Mas alguém já se perguntou qual é a religião de Deus? Alguém já permitiu que Deus escolhesse em que acreditar? Ou qual doutrina Ele segue? E Deus segue alguma religião ou doutrina? Alguém tem o direito de executar um semelhante seu apenas por não professarem a mesma fé?
De repente surge alguém como porta-voz de Deus e começa a dizer o que Ele quer e até selecionar os escolhidos para a salvação.
Por mais fé que alguém acredite ter, não deve ser esquecer de seu papel como divulgador da palavras de Deus. Não é assustando as pessoas, provocando discórdias ou julgando implacavelmente que alguém pode ser realmente mensageiro de Deus, seja lá qual for sua corrente religiosa. A verdade é que não há provas científicas ou irrefutáveis para questões divinas e não parece que um dia haverá. Temos pessoas de bem que espalham a semente do amor, da compaixão e da misericórdia, pessoas de diversas correntes religiosas. Será que Deus daria um castigo eterno alguém só porque deduziu errado a "religião" de Deus?
 

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Amar a Deus acima de tudo e de todos

"Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes."
Marcos 12:30,31
Veja bem o que o ensinamento prega: Amar a Deus acima de tudo e de todos. Será que se amarmos primeiro nosso semelhante não estaríamos mais preparados para amar a Deus? Categoricamente, não. Amar a Deus em primeiro lugar tem seus motivos.
Nunca é demais amar a Deus e Ele nunca te decepciona. Ele esta no lugar Dele na também está sempre contigo. Ele é a força/energia que te mantém vivo. Amar a Ele é também amar a você mesmo, pois você é parte Dele.
Mas se você escolhe amar outra pessoa em primeiro lugar, você certamente sofrerá em algum momento, ou fará esta pessoa sofrer.
Quando conhecemos alguém, conhecemos a pessoa naquele momento, é como uma foto impressa. Mas a vida é dinâmica e as pessoas mudam com o passar do tempo, e nem seu seu acompanhante consegue seguir no mesmo ritmo. Esse dinamismo faz com que as pessoas mudem seus interesses em direção nem sempre paralelas a de seu acompanhante. Isso pode acarretar decepções e cobranças que envenenam a relação e podem deixar alguém descrente no amor. As pessoas são inconstantes e tem o direito de mudar de opinião, mas nem sempre quem está por perto vai compreender isso.
Além de tudo, uma grande decepção pode causar estragos irrespiráveis na psique ou no coração de alguém, deixá-la indiferente ao sentimento e a dor de outras pessoas. Pode fazer com que esta pessoa desiludida perca a vontade de amar e de viver, ou mesmo perca sua sanidade mental.
Ninguém está no coração de ninguém para saber da pureza e das intenções de outrem. Não há como avaliar o perigo que esta exposto até ser tarde demais. Existem mentes perigosas e desequilibradas que são capazes dos atos mais baixos só posta conseguirem o que querem, não importando o prejuízo que possam causar a terceiros.
Por estes motivos, pode-se amar a Deus de forma constante e ilimitada sem se preocupar com algum tipo de decepção, mas o mesmo não pode ser dito do amor ilimitado por outro ser humano.
A melhor maneira de afastar o que mais desejamos e sofrer a perda de algo ou alguém é dedicar tempo demais a esta pessoa ou a esse algo. Amar demais a coisas deste mundo é maneira garantida de trazer sofrimento para si mesmo. Se apegar demais as pessoas ou situações não é coisa boa.
Não temos controle sobre nossos próprios pensamentos, quanto mais ao ambiente e as pessoas que nos cercam. Tudo nesta vida não passa de uma provação, tanto o que temos quanto o que queremos ter. Amar demais um companheiro ou companheira, filhos, trabalho, dinheiro, posição social, beleza ou saúde. Tudo que você dedica tempo ou esforço demais pode ser tirado de você, pois vida nos testa o tempo todo. Não se torne refém do que você deseja para si. Apenas deseje, mas aceite receber o que deseja ou não receber. Não de apegue a nada e nem a ninguém. Viemos sozinhos e nus a este mundo e dele sairemos sem levar nada, além dos sentimentos que cultivamos.
Nem sempre as pessoas suportam perder aquilo que tanto desejaram ou lutaram para conseguir, e quando perdem podem vir a amaldiçoar a tudo e a todos, reclamando da injustiça que sofreram. A preocupação e ansiedade atraem tudo aquilo que mais tememos. Lembre-se: O que é realmente seu ninguém toma, pois foi lhe dado por alguém que realmente ter ama.

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

O caminho da felicidade

Quando me disseram que para chegar mais perto de Deus e encontrar o caminho da felicidade e da prosperidade, não entendi na época. Levei anos para entender que, quanto mais pensamos no que precisamos, mais afastamos tudo que queremos.
Pensar primeiro em si mesmo é um grande sinal de imaturidade. Não devemos colocar ninguém acima de nós, além de Deus, mas isso não significa que todas as nossas atenções devam estar voltada apenas para aquilo que julgamos que precisamos.
Só se alcança a prosperidade e felicidade se deixamos de pensar apenas em nos mesmos e começarmos a perceber que fazemos parte de um todo. Se nosso semelhante sofre, precisamos avaliar se podemos atenuar o sofrimento dele.
Ter bons sentimentos por outros pessoas é prova de maturidade, e as pessoas ao nosso redor conseguem perceber quem só pensa em satisfazer os próprios interesses e quem consegue perceber além das próprias necessidades. Alguém que conseguir dar atenção ao seu semelhante é uma pessoa que terá mais portas abertas pelos outros do que alguém que é incapaz de se comover com seu próprio semelhante.
Podemos estar passando por um período de serias dificuldades econômicas e sociais, mas a afetividade ainda deve ser preservada e aumentada a cada dia. De certa forma, essa situação em que nosso país encontra-se neste momento pode servir para que a pessoas comecem a valorizar o que realmente importa: O amor e a misericórdia.