domingo, 29 de julho de 2018

O PODER DAS TREVAS
Autor: João Luiz
Há alguns anos atrás, assisti um filme de nome polêmico que causa um frio na espinha de algumas pessoas só de ouvir o título desde filme: O Poder das Trevas. Ao contrário do que o título sugere, não se trata de um filme de conotação satanista, mas um filme de fantasia e que aborda um assunto controverso, a imagem que fazemos de nós mesmos.
Neste filme, o protagonista é um aprendiz de feiticeiro que, devido a sua inexperiência e arrogância, acaba por libertar um ser maligno que o persegue o tempo todo. No final, o jovem mago compreende que o ser que o perseguia era o lado mal dele mesmo e que estava aprisionado há muito tempo. Ele consegue ser mais forte que o mal que o perseguia e domina ele de uma vez por todas.
As pessoas têm a imagem de que quem da o mal são os outros. Ninguém admite facilmente que tem impulsos maldosos, perversos e vingativos. Geralmente dá-se nomes variados aos próprios impulsos que a pessoas recusam-se admitir que tem: feitiçaria, possessão, perturbação mental, carência, ciúmes, vingança, justiça com as próprias mãos, entre outros. A sociedade recrimina que for capaz de por em risco a suposta ordem estabelecida pela convenções sociais ao longo do tempo.
Todo ser humano é capaz das maiores maldades, tanto quanto dos maiores atos de caridade. Não adianta ignorar a existência do mal, ele está em cada pessoa: "Pois não é suficiente ter o espírito bom, o principal é aplica-lo bem. As maiores almas são capazes dos maiores vícios, tanto quanto das maiores virtudes".
Combate-se a maldade com sentimentos e atitudes de amor e perdão. Reconhecer nossas próprias fraquezas já é um sinal de maturidade e humildade. Pecamos o tempo todo, mas não somos nós que devemos nos punir. Devemos tomar como exemplo cada atitude reprovável que temos e nos esforçar para sermos melhores a cada instante.
Não devemos achar que somos algum tipo de aberração porque podemos ter algum pensamento que foge das convenções sociais. Somos todos semelhantes uma aos outros. Só que uma conseguem disfarçar melhor do que os outros. Ter maturidade,  autocontrole, paciência e vontade de amar sem tentar dominar ninguém é um grande exercício para nos tornamos pessoas cada vez melhores a cada prova pela qual formos submetidos.

sábado, 14 de julho de 2018

FÉ PASSIVA E FÉ ATIVA
Autor: João Luiz

Tem pessoas que têm uma visão passiva da fé. Sai daquele tipo que dizem: "É como Deus quer..." ou que tudo que acontece de errado é culpa do inimigo. Pessoas deste tipo não se sentem responsáveis por nada que acontece a só mesmas. São acomodadas e até mesmo preguiçosas. Não buscam aprender com os próprios erros e melhorar a cada dia. Pessoas de fé passiva vivem apenas esperando o julgamento do último dia (se é que podemos chamar de viver alguém que vive esperando a morte chegar).
Já as pessoas de fé ativa dado mais dinâmicas. Não vivem a pedir tudo a Deus tudo o que querem. Pessoas assim vai à luta, na certeza de que vão vencer. Não costumam pedir nada a Deus, mas agradecem a Ele a todo o momento por tudo o que tem, até mesmo pelos momentos desagradáveis que possam passar, pois compreendem que Deus nos da aquilo que precisamos e não apenas o que queremos. Às vezes, precisamos passar por momentos de infortúnios para provar nossa fé e amor ao Nosso Senhor. Nós é quem temos que provar e não colocarmos Deus à prova.
Temos que reconhecer que sem Deus não somos nada e sem Jesus Cristo não temos acesso a Deus. É Jesus quem intercede por nós e compreende nossa condição e fraqueza humana, pois Ele também já passou pelas emoções ao qual todo ser humano que é finito e limitado passa. Mas devemos ser ativos e nos prontificar a dar o que temos de melhor, usar todos os nossos talentos a serviço de Deus, e não viver uma vida de passividade vivendo "ao Deus dará".

quarta-feira, 4 de julho de 2018

O TEMPO - parte II
Autor: João Luiz
O Tempo pode ser alguém, de uma natureza que desconhecemos para classificar com nossos padrões. O Tempo existiu, antes mesmo de Deus existir, embora Deus nunca deixará de existir e seu poder divino seja incomparável.
Tempo é uma força que está a serviço de Deus. O tempo não se apega a ninguém, é livre e ninguém controla seu curso. Mas ele sabe de sua responsabilidade e de sua força. Sua função é nos conduzir até Deus, como uma correnteza temporal que segue seu fluxo. Não devemos fazer nada que atrapalhe este percurso natural, senão haverão sérias conseqüências. Não devemos acreditar que somos senhores de nosso próprio tempo e nem pensar que tudo sempre ocorrerá conforme nossos planos e projetos. O Tempo não pertence a ninguém.
Antigamente dizia-se que o Tempo se esvaia como as areias de uma ampulheta (um antigo relógio). De fato, não se pode adiar e nem adiantar o tempo, podemos apenas arranjar problemas desnecessários por ansiedade, precipitação, desespero ou arrogância.
Considerando que o Tempo seja eterno e que tenha influência sobre nossas vidas, e que sabemos tão pouco de nós mesmos, quanto mais de algo infinito como a eternidade, sem começo ou fim, podemos admitir que o tempo seja uma força que comanda nossas vidas e que não está no nosso controle, mas nós que estamos a disposição dele.
Podemos ainda considerar o Tempo como correntezas marítimas: quem olha desinformado para o mar, vê sua superfície calma em um dia tranquilo ensolarado, mas pode não imaginar que abaixo da superfície existem verdadeiras correntezas como rios violentos que carregam tudo que está em seu caminho. Assim é o tempo, ele sempre vai em direção aonde está Deus, e nossa leva em direção a Ele.
Podemos comparar o Tempo a um trem que passa em uma estação em um pequeno povoado e lá estão algumas pessoas a esperar pela composição. Este trem seria composto por vários vagões e cada um representando algo que desejamos: amor, saúde, prosperidade, sucesso, família, alegrias e felicidade. Quem estiver na estação na hora em que o trem passar e tiver o bilhete poderá embarcar, mas quem chegar atrasado ou não estiver preparado, terá que esperar a próxima oportunidade seja lá quando ele vier de novo. E não será o mesmo trem, será outro com outras possibilidades. Mas aquele trem perdido estará perdido. Assim é o Tempo: Quem perde oportunidades não a recupera mais.
Quem está correto em seus pensamentos e sentimentos, terá em navegar tranquilo até a hora de estar com Deus. Mas quem não caminha na trilha que Deus traçou, será tragado pelo Tempo e lançado nas trevas da confusão mental e de lá são sairá depois de compreender que não há outro caminho além daquele que leva até Deus. Cada vez que respiramos, pensamos ou fazemos algo, o Tempo dá notícias nossas para Deus, estejamos certos ou errados.
E para a alma, o tempo existe? Para quem acredita na espiritualidade e na existência de um Ser Superior ou Deus, o tempo não existe no mundo espiritual, até mesmo confirmando que ele só existe se houver matéria que, por sua vez, esta inserida em algum lugar.
Então, nesse caso, um ser espiritual conheceria o futuro, pois para um observador externo seria como ver a história de uma revista em quadrinhos, podendo ir para a última página ou voltar quantas vezes quiser para qualquer ponto desta história. Mas nosso contato com espíritos seria restrito devido ao fato de estarmos vivendo em dimensões diferentes, o que torna este contato praticamente impossível, assim como um leitor não pode avisar ao personagem da revista do perigo que o aguarda na página seguinte.
Diante disso tudo, fica a pergunta: O que acontece com uma pessoa que não aproveita bem o tempo que tem?
Talvez o tempo seja o que tenhamos de mais valioso, pois o tempo que dedicamos a algo que determina o quanto valorizamos este algo ou alguém. Até mesmo para quem acredita em uma divindade, o tempo que dedicamos às nossas crenças é que determina o valor dessa crença em nossas vidas. Até mesmo para quem está firme em suas crenças, o tempo e a intensidade dos esforços desprende em suas convicções é que vão determinar a verdade de seus princípios.
O tempo não pára e não adianta ficar parado achando que assim está controlando o tempo não consegue. O máximo que podemos conseguir com a ilusão de que podemos controlar nossas vidas e que tudo ocorrerá conforme nossos planos será perder tempo e oportunidades para chegar anos mais tarde que deveríamos ter feito tudo de maneira mais fácil e descontraída. Temos que fazer a nossa parte da melhor maneira possível e com responsabilidade. O restante dependerá das escolhas que fizermos.
O TEMPO - parte I
Autor: João Luiz
O tempo é algo intrigante, fascinante e misterioso. O que realmente sabemos sobre o tempo? Qual a importância de questionar sobre um assunto aparentemente banal?
Aparentemente, todos sabem o que é o tempo, suas características, consequências e da influência do tempo sobre nossas vidas. O tempo humano seria contado pelas horas do relógio e pelos dias do calendário. Mas será mesmo que é tão simples assim? E se o tempo for mais do que algo incontrolável, irracional e fixo? Será que o tempo é o mesmo para todos e em todos os lugares?
Antes de mais nada, segundo a teoria da física, para que o tempo possa existir e ser medido, é preciso que haja matéria física ou palpável. Segundo os estudiosos, estamos inseridos na coordenadas tempo x espaço e estas coordenadas seguem um fluxo contínuo sem volta. Daí a questão de ser impossível realizar-se viagens no tempo, já que tudo que existe em nosso Universo tem um começo, meio e fim.
Até mesmo na física o tempo está confirmado como relativo e está sob a influência da gravidade: quanto maior a gravidade de um astro, mais devagar o tempo decorre ao seu redor. A Teoria Geral da Relatividade de Einstein esta relacionada exatamente a isso: tempo, matéria e gravidade.
O tempo é mesmo relativo, não só do ponto de vista físico como do ponto de vista psicológico. Um minuto com a pessoa amada pode parecer pouco, mas um minuto descalço em cima de carvão em brasa pode ser muito. Para quem está jovem, parece que existe todo o tempo do mundo, mas para quem está em idade avançada, cada minuto conta. Para uma pessoa idosa, o amanhã não faz sentido se não houver um Hoje e um Agora. Para um doente terminal, talvez tudo que ele possa desejar seja ter mais um tempo para sanar todas as pendências que não resolveu a vida inteira.
O cérebro humano também tem um conceito particular de tempo. Quando sentimos prazer o tempo parece correr velozmente, mas quando estamos desconfortáveis, o tempo parece que não anda. Uma pessoa jovem tende a ver o tempo com toda uma perspectiva de futuro, mas um idoso tende a ter uma atitude mais saudosista do tempo em que ele tinha mais vitalidade e poder de decisão.
O tempo passa e tudo muda, nada é fixo neste Universo material. Até mesmo as pessoas e os costumes mudam. A mudança é uma constante e o Tempo sua aliada. Não dá para se acomodar e acreditar que tudo vai das resolver de forma mágica sem esforço. O Tempo não pára.