quinta-feira, 23 de abril de 2009

Alto-astral x Baixo-astral

Procuro manter-me afastado o possível de pessoas que considero “baixo-astral”. Classifico assim aquelas pessoas que só fazem se lamentar da vida, ver apenas o lado negativo de tudo. Este tipo de pessoas só acredita no que é ruim: violência, corrupção, traição, etc.
Se posso escolher, procuro manter contato com um astral melhor que acreditam que a humanidade pode ser melhor do que é; que sabem que cada um de nós pode fazer a diferença para um mundo melhor. Gente alto-astral são um banho refrescante e revigorante de energia positiva em nossas almas. Algumas atitudes nos fazem lembrar de que é válido continuar a lutar e acreditar num mundo melhor, com justiça e oportunidade para todos.
Gosto de ver o lado positivo de tudo, é sempre um aprendizado e oportunidade de crescimento e até lucro. Não costumo ver e/ou comentar notícias referentes a determinados atos de violência. Não quero entender porque um indivíduo cometeu um ato violento isolado, mas entender as causas e combater a maldade em sua origem. Não é a pobreza que gera violência, mas a faltar de esperança num futuro melhor. Quem não tem fé, acredita que não tem mais nada a perder. Há pessoas que se deliciam com o que acontece de errado, como se só elas tivessem atitudes corretas, ou como se outros fossem capazes de coisas piores do que elas.
Não quero saber o que está acontecendo de errado, mas quero dedicar meu tempo e esforços ao que está sendo feito de bom. Não acredito no mal, nem perco meu tempo em tentar entender a dinâmica da maldade. O tempo é escasso. As pessoas não são ruins, apenas podem ter momentos de confusão mental e espiritual. Odiar alguém por um ato errado é deixar o mal vencer. Não devemos nos deixar contaminar pelos erros que acontecem a nossa volta.
Sei que ocorrem injustiças o tempo todo, mas desde que o mundo é mundo elas existem. O que acontece é que neste século começaram a ser questionados valores até então dogmáticos. Algumas pessoas estão sentindo-se perdidas sem referências confiáveis.

A discrição

Um dos meus maiores defeitos é também o que considero uma grande virtude: a discrição. Virtude porque ser discreto dá mais liberdade de ação, agilidade nas tomadas de decisões e não há cobrança de perfeccionismo. O que importa é o resultado final, dentro dos limites da ética, e não a maneira espetacular de solucionar um problema. Não sou exibicionista, dou preferência ao trabalho realizado.
Gosto de ser o homem por trás das realizações. Gosto do reconhecimento, mas ele deve ser proveniente das conquistas e desafios superados. As vitórias são passageiras, e os desafios são constantes. Quem deve aparecer mais são as obras, e não o autor. É justo o reconhecimento pela relevância dos resultados, e pela coerência e constância das ações de quem as pratica.
Defeito porque existem certas ocasiões em que a autopromoção tem mais importância do que o resultado final, que passa a ser mero instrumento do marketing pessoal. O exibicionismo é pouco produtivo e desmotivador, gerando ressentimento e descontentamento.