segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

A sedução da carne

As pessoas tem uma ideia que errada do que considero fé e prosperidade. Esses dias eu estava conversando com um colega de trabalho e expus o seguinte pensamento: Deus não é o gênio da lâmpada que está aqui para atender aos nossos desejos. Pelo contrário, entregar-se a Senhor é abrir mão de desejos mesquinhos, é renunciar tudo o que for mundano. Não se torna cristão para que a vida seja mais fácil e próspera aos olhos da humanidade, mas para salvar a alma desde já e a vida ter sentido. Isso não significa deixar de viver, mas significa começar a viver. Não sou ingênuo e sei que o apelo da carne é forte e a sedução do mundo é potente, mas de que adiantaria uma prova se ela fosse fácil demais? Não é porque alguém segue a fé cristã que deixará de sofrer. Pode até sofrer mais, como prova de fé e persistência. Não acredito que o Paraíso ou Reino De Deus seja uma monotonia de pessoas andando de branco de um lado para outro sem propósito por toda a eternidade. Acredito que tenha-se prazeres indescritíveis e insuportáveis para atual estrutura orgânica chamada corpo humano. Acredito que seja algo muito além dos melhores sonhos ou fantasias que pudermos ter. João Luiz

Fé ou fantasia?

A fé é algo curioso: ensina que nem tudo que sentimos é real e permanente. Algumas coisas são fruto da imaginação individual ou coletiva. A questão é como saber o que é real e o que é fantasia. Duvidar da realidade pode ser perigoso mas se apegar a realidade socialmente aceita por todos pode ser tolice. Os hábitos mudam o tempo todo, o que era proibido antes depois se pode se tornar regra, o que antes era discriminado depois pode ser aceito plenamente. Atualmente venho sendo bombardeado por idéias de pessoas de todas as idades, culturas e credos religiosos de que a luxúria é algo normal e que pode ser praticada sem nenhum pudor ou constrangimento, de que isso não é errado ou que Deus permite, pois se trata de um desejo humano. Difícil resistir a tanta permissividade, ao "liberou geral" que que se espalha na sociedade atual. É incoerente alguém falar em fé absoluta em Deus e libertinagem mundana. As relações permeadas no amor, no respeito e na família parece já ser coisa de um passado distante. É difícil conciliar o desejo com o amor em Deus sem ficar confuso. Como se permitir viver experiências sem falsos pudores e sem se perder em uma paixão que é passageira? Encontrar o ponto de equilíbrio é o grande desafio. Procuro pessoas que me sirvam de exemplo e não encontro ninguém. Não condeno as pessoas, apenas acredito que elas estão muito confusas sem referências para guiá-las: ou encontram quem permite tudo ou proíbe tudo, sem compreender a real necessidade de cada um. Toda essa safadeza que é disseminada na sociedade atual seria muito divertido se desde já não tivesse consequências: além de desagradar a Deus, a velhice das pessoas tem sido muito solitária e triste, num momento de doença não se tem companhia ou mesmo conselhos e em caso de solidão não se encontra que dê uma palavra de apoio. No caso dificuldades financeiras não censuro quem não gosta de emprestar dinheiro, pois quando o dinheiro entra pela porta a amizade sai pela janela. Enfim, permanecer firma na fé com tanta permissividade é difícil mas quem sabe não seja essa exatamente a prova? Quem sabe que o amor verdadeiro não seja revelado para aqueles que permanecerem firmes em sua fé? Acredito que a prosperidade presenteada por Deus seja para aqueles que O sigam, O amem e O obedeçam sem hesitação. João Luiz