domingo, 14 de abril de 2013

Tolerância às diferenças

Hoje em dia está na moda em fala em tolerância, aceitar as diferenças. Estou em um grande conflito pessoal: como me assumir, me apresentar ao mundo sem ser rotulado. Quero e tenho que assumir minha fé publicamente, assumir que Deus governa minha vida e ela pertence a Ele. Mas estou sem saber como fazer isso sem ter que ser o "senhor perfeição". Explico melhor: todo mundo que assume sua fé publicamente, principalmente os cristãos, se vê obrigado pela sociedade a se apresentar com uma santidade impecável, sob pena de ser extremamente cobrado ao sinal da primeira "falha" ou comportamento que as pessoas acreditam que não condizem com um cristão. Gosto de sair, passear, dançar, música ao vivo, namorar, contar piadas inocentes e de duplo sentido, brincar, pirraçar, quero viver mais intensamente. Tudo isso dizem que não faz parte do comportamento exemplar do cristão. Porém não gosto de bebedeira e não tenho o menor interesse em fumar, acredito que meu vício ainda seja em ficar perdendo tempo vendo coisas inúteis na internet . Não sou a palmatória do mundo e não estou aqui para censurar e condenar ninguém, embora eu tenha uma enorme tendência em querer ser o juiz da questão. Quem quiser cometer seus erros que cometa, não posso julgar ninguém. Mas se alguém precisa de ajuda e apoio, eu estendo a mão se me pedir ajuda. Sei que não devo dizer as pessoas como quero ser visto e tratado. Meu comportamento é que deve falar por mim, com o menor uso de palavras e explicações possíveis. Ou seja, deixar que minhas obras me apresentem a sociedade. Sei que as pessoas costumam sentir-se ameaçadas pela minha presença quando exponho minhas ideias claramente. A maioria das pessoas não resiste em tentar me conduzir e dizer como agir. Tento ser educado e não decepcionar as pessoas em sua tentativa de me ajudar. Mas meu Deus já meu pastor e me conduz, quem mais qualificado e melhor para me conduzir? Em minha juventude eu quis experimentar os prazeres da carne e do mundo na vã tentativa de me realizar. Não tive sucesso. Entendi na época que as pessoas eram muito descentes e não aceitavam este meu comportamento de vanguarda. Levei anos tentando recuperar minha inocência para ser aceito nas melhores rodas. Quando finalmente encontro o caminho da inocência, percebi que o mundo está mais malicioso do que nunca eu poderia imaginar em meus sonhos mais liberais. Hoje me considero no melhor dos dois mundos: posso me divertir sem me desviar no caminho da retidão e sem ser influenciado por modismos que são passageiros. Pode parecer chato querer ser correto. Uma pessoa que tenta levar uma vida simples, sem ostentação e com moderação é rotulada de chata e não é convidada para os melhores eventos, pois é considerada um desmancha prazeres. Mas na hora em que se precisa de uma palavra de apoio, no momento em que todas as "amizades" abandonam alguém no momento em que ela mais precisa, essas pessoas que tem um comportamento correto é tudo o que ela quer encontrar para ouvir uma palavra de conforto, uma demonstração de carinho e de que não está sozinha. Levei tempo demais de minha vida tentando viver os prazeres meramente mundanos, nunca tive sucesso e de uns tempos para cá não consigo mais resistir aos meus impulsos e desejos, que são contrários ao pensamento vigente. Encontrei a alegria de ver brotar em mim uma fonte de sabedoria que não serve aos meus propósitos egoístas, mas que posso ajudar a muita gente que buscar abrigo e conforto em minhas palavras. Fico preocupado com a repercussão deste texto para quem ler, não entender e me julgar mal. Mas não dá mais para negar minha verdadeira natureza em nome apenas da aprovação.

Nenhum comentário: