domingo, 3 de setembro de 2017

Apocalipse?

"E, estando assentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?"
Mateus 24:3
Em tempos de crise, logo surgem os profetas do Apocalipse pregando o fim do mundo. Isso ocorre desde o início do cristianismo. O que Cristo descreveu já ocorreu e continua ocorrendo. A Bíblia é um livro complexo, escrito pior vários autores e em diversos momentos da longa história do povo hebreu. O Novo Testamento foi escrito em um momento que os judeus estavam sob o domínio de Roma. Jesus já previa como seria a diáspora (ou dispersão do povo judeu por volta do ano 70 D.C.). Mas também serve para ilustrar o fim de cada um dos períodos da história da humanidade boa últimos dois milênios.
Para os europeus, a Peste Negra, que ocorreu por ciúmes do século XIV e dizimou cerca de um terço da população, e mais tarde nas guerras napoleônicas, nas Primeira e Segunda Guerra Mundiais, gerando mortes em números nunca antes imaginados, devastações de plantações, redução da atividade econômica, fome, desemprego e violência sem igual. 
Podemos citar ainda a tensão da Guerra Fria entre os Estados Unidos a a extinta União Soviética, com o perigo de uma guerra nuclear que extinguiria a humanidade em pouco tempo, ficando o planeta inóspito para a maior parte da vida existente.
Todos esses fatos descritos foram vistos como o fim da humanidade. E de certa forma isso pode ter ocorrido. A mentalidade das pessoas muda a cada fato traumático. O problema é que as pessoas parecem ter memória curta e poucas décadas depois parecem ficar entediadas com uma os paz prolongada e começam a procurar nos motivos para entrarem em conflito novamente. A impressão que se tem é que existe uma bipolaridade entre períodos de paz e de guerra, construção e destruição, tolerância e radicalismo.
E como Jesus disse: "Ainda não será o fim". Mas são nesses períodos que a humanidade se lembra de invocar o nome de Deus. Não haveria necessidade de passarmos por tudo isso se a memória das pessoas não fosse tão fraca.
Confiar nos governos, esperando que eles tragam a paz da justiça social é um sonho de muitas pessoas, assim como apoiar governos assistencialistas que prometem abrigo, segurança, saúde, educação e alimentação para as parcelas mais pobres da população, é um erro muito comum e que costumam gerar governos autoritários e belicistas, que veem em algum tipo de inimigo a oportunidade de unir suas populações e eleitores ávidos por mudanças.
Já deveria ter ficado provado, ao longo do tempo, que a paz não está com os governos, mas nas atitudes individuais de cada pessoa que, unidas a outras com os mesmos propósitos, terão força para alcançar qualquer mudança.
Como diria Charles Chaplin: "A multidão é um monstro sem cabeça". É forte e poderoso, mas não sabe se conduzir e as deixa levar por qualquer um que prometa que ele terá o que desejar sem fazer esforço.
Neste período de incertezas que estamos vivendo neste momento, o radicalismo pode novamente se acentuar, com as pessoas assumindo posições extremistas. Mas também existe uma parcela mais consciente da humanidade que aproveita este momento para reconciliar-se com Deus, fazendo as vontades Dele e repensando a própria vida e atitudes.
"Quanto ao dia e à hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai".
Mateus 36:24

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