quinta-feira, 28 de setembro de 2017

O anjo da morte

Quem me conhece sabe que gosto de fazer minhas obras de arte com meu toque especial. Já fiz obras sobre vários temas, de infantis a sacros, mas teve um tema em particular hesitei durante vários anos: A morte.
Sempre associei que apenas o pensamento nela atrairia infortúnio e desolação. Eu achava a morte algo maligno e perverso.
A morte é uma força tão natural como a vida. Ela não é o fim, mas um novo começo. Ela não deve ser desrespeitada e nem menosprezada, mas também  não deseja ser cobiçada. Ela pode ser má e nem boa, depende de como a pessoa que a encontra viveu sua própria vida.
Quem está angustiado não deve pensar que ela será o fim dos sofrimentos, mas o início de um pesadelo bem pior e que pode durar por uma eternidade. Não se deve brincar com ela, mas também não se deve teme-la. Só tem medo da morte quem realmente tende medo de viver, ou quem viveu uma vida de mentiras. Não devemos temer nada e nem ninguém, quando tememos algo,a força com que pensamos atrai e concretiza o que mais tememos. Só devemos ter medo de desagradar a Deus e nada mais.
Quem é mal não é a morte, mas o homem violento que provoca morte aos outros. Descuidar de própria saúde e alimentação é uma forma de suicídio. Ter relações sexuais de forma promíscua e sem precauções também é brincar com a morte. 
Tem pessoas que acham que podem evitar o encontro com ela se tiverem várias pendências a serem resolvidas nesta existência, quem assim farão com que Deus dê mais tempo para que cada um resolva a pendências antes de partir. Tem gente que tem por hábito deixar os outros dependentes de seus favores, para que se sintam úteis e necessários ainda nesta vida terrena. Nada disso adia o inevitável.
Acredito que uma pessoa que viveu a vida em plenitude e não temeu a hora de partir deste mundo, será como embarcar como em um sonho onde tido seja possível. Passará por um caminho onde verá sua vida terrena como num filme em 3D, e depois seguirá rumo ao mistério ainda não desvendado pelos vivos. Quem vive s vida em plenitude, parte sem sentir saudades e sem olhar para trás. Acredito que estará só e terá quem o receba para que sua chegada na eternidade não seja dolorosa e nem traumática.
Por tudo isso que resolvi fazer esta obra que só será exposta em momento oportuno e de forma criteriosa. Acredito que enfrentar os próprios medos e supera-los seja uma forma de vencer. Desbloquear-se de tudo que aprisiona, e o medo também é uma forma de prisão, para seguir adiante, vencer cada etapa ainda nesta vida e viver uma vida longa, feliz e em paz consigo e com todos e com tudo.

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