terça-feira, 12 de setembro de 2017

Limitações da psicologia e da espiritualidade

Quais as limitações da psicologia e da espiritualidade? Quais seus pontos s fortes e pontos fracos?
No que tange a psicologia e espiritualidade, penso que se trabalharem em conjunto os resultados serão melhores do que se trabalhados separadamente e forem vistas como soluções antagônicas entre si. Vejo elas como complementares entre si, e não há menor necessidade de competição, pois trabalham em áreas diferentes do conhecimento humano e que tratam de assuntos de natureza completamente  diferentes entre si.
A psicologia é uma ciência social e como tal, tem que seguir procedimentos específicos que façam psicólogos profissionais diferentes chegarem a conclusões semelhantes, em qualquer parte do mundo e em qualquer época, se aplicados os mesmos métodos. Como ciência, deve ser mecanismos de medição para poder avaliar o grau de dificuldade de solução do problema para ser possível estabelecer um diagnóstico e assim poder auferir periodicamente a evolução da eficiência do tratamento. Embora a psicologia tenha na intuição e sensibilidade do psicólogo fermentas de auxílio no tratamento, mas isso deve ser evitado, pois já tornariam as conclusões mais subjetivas do que já são e as experiências pessoais do próprio psicólogo poderiam interferir demasiadamente nas análises.
Por este motivo, o psicólogo não pode ter envolvimento emocional com o paciente, pois as consequências poderiam ser deveras perigosas para todos os envolvidos. O paciente poderia interpretar que estaria havendo algum tipo de romance entre ele e o profissional e, quando percebesse que não haveria reciprocidade de sentimentos, sua frustração poderia leva-lo a entrar em profunda depressão devido a um elevado sentimento de rejeição ou ter atitudes violentas consigo ou com terceiros.
A função do psicólogo é avaliar a origem dos distúrbios e buscar meios de resolver os problemas de comportamento e relacionamento do paciente, deixando a assistência emocional a cargo da família de cada um. Mas se o problema for de ordem clínica que exijam prescrição de medicamentos, entrará em cena a figura do médico psiquiatra.
Em casos mais graves dos problemas psicológicos, há necessidade da intervenção do médico psiquiátrico, que fará avaliações e prescrever medicamentos para resolver ou atenuar os efeitos dos distúrbios mentais.
Problemas mentais surgem quando o cérebro não tem capacidade de produzir substâncias, em sua maioria hormônios, para o bom funcionamento das faculdades mentais. Essa deficiência no funcionamento das atividades cerebrais provocam no paciente: distúrbios mentais, dificuldade de separar ficção de realidade, alterações grandes e violentas de humor, e depressão; estes distúrbios podem gerar também quadros mais graves como esquizofrenia ou psicose, só para citar alguns. Para minimizar esses problemas, os medicamentos são prescritos para suprir a deficiência da produção natural dos hormônios que regulam o cérebro e o comportamento humanos. 
A mente humana é inquieta e curiosa por natureza. Até mesmo quem já conquistou toda estabilidade financeira, goza de perfeita saúde física e mental, esta bem em seus relacionamentos, ainda assim permanece insatisfeito, como se houvesse algo lhe faltando, uma angústia que não sabe explicar o motivo. Alguns tentam solucionar essa carência através de prazeres dos meios diversos tipos, realizações profissionais, ações humanitárias ou estudos diversos. Outros voltam aos atenção para a espiritualidade em busca de respostas.
Já a espiritualidade esta no campo da fé e do abstrato total, como tal, ainda não existem aparelhos e nem métodos científicos que comprovem sua eficiência e, sequer, sua existência. Para uma pessoa religiosa ou espiritualista, a ciência nem os métodos científicos não ordem alcançar todas as dimensões da existência, que vão além deste plano físico. Esta dimensão material não tem capacidade de provar a existência de um plano dimensional superior e nem a existência de consciências e modos de vida que não dependem de nada material para existir.
A alma seria a energia que comanda a matéria , os pensamentos e o corpo. Sem alma não haveria vida em nenhum aspecto. A alma é, em suma, a vida. Para alguns, ela é uma forma de energia e, como toda energia, ela não pode de destruída. Deus seria a consciência suprema que dá sentido sentido a vida. Ele seria o Criador de tudo e de todos, está em todos os lugares e é tudo o que existe e podemos perceber. Afinal, o que é a realidade além de uma interpretação mental do cérebro humano?
Deus é a consciência mais pura e poderosa existente em todo o Universo, no qual as limitações do cérebro humano é incapaz e imaginar a dimensão deste Todo. Tendemos a representar Deus como um ser humano de proporções gigantescas, mas qualquer representação mental que façamos dele, seja alguma figura descrita brevemente ou através de imagens, não estará nem perto da verdade do Todo-poderoso.
O cérebro humano só consegue entender o mundo a sua volta se representá-lo de alguma maneira. Mas como representar algo infinito que não tem uma forma definida e conhecida?
Pois bem, para uma pessoa espiritualista, a alma é imortal e pode ser classificada em boa ou má. Às nossas almas esta reservado uma espécie de paraíso, onde não haverá mais mortes ou sofrimento de espécie alguma. Todas a religiões e crenças descrevem o mundo espiritual de forma semelhante.
Disputa por poder fizeram com que as religiões e crenças fossem divididas entre si, assim como a ciência foi perseguida por colocar em dúvida o determinismo da vontade de Deus, de acordo com a visão limitada dos religiosos da época. Com o fortalecimento da cidades-estados e posteriormente a criação dos países e impérios, a visão religiosa do substituída pela visão pragmática do mercantilismo: fortalecer e apoiar tudo que possa gerar lucro. E assim a ciência passou a ser, de mera coadjuvante, a atriz principal no novo cenário, financiada por grandes empresários e corporações financeiras. A espiritualidade passou a ser o consolo das classes menos favorecidas que passaram a depositar todas as suas esperanças numa vida eterna após a morte.
Mais recentemente, estão havendo movimentos de reconciliação entre a ciência e a espiritualidade, onde cada uma respeita o campo de atuação da outra para tornar a vida do ser humano mais plena e cria de sentido. É um movimento que estes apenas no início e enfrenta resistência dos grandes grupos econômicos e das classes dominantes, além de setores religiosos temerosos em perder parcela de poder conquistada ao longo do tempo, assim como enfrenta a resistência de pessoas que são simplesmente acomodadas e que temem qualquer tipo de mudança que possa questionar sua visão limitada de compreensão da realidade.

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