sábado, 4 de agosto de 2018

PRÉ-JULGAMENTOS
Autor: João Luiz
"Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós".
Mateus 7: 1-2
O ser humano é capaz de julgar outro seu humano de forma justa e imparcial? Ou só quem julga é Deus, como creem algumas pessoas? Um juiz de Direito é capaz de julgar adequadamente uma pessoa?
Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, um juiz humano não julga uma pessoa, mas sim os atos por ela cometidos. Um juiz não pode se referir a um suspeito de cometer alguma atrocidade como sendo monstro. Um juiz não pode se envolver emocionalmente com o julgamento para não perder a clareza das ideias e deixar de ouvir a defesa de um suspeito. Esse mesmo juiz não deve deixar que ideias preconcebidas interferiram em suas análises e deve julgar de acordo com os termos da lei, por mais falha que possa ser as leis elaboradas pelos seres humanos.
Mas sabemos que isso é uma utopia, que um julgamento não ocorre simplesmente de acordo com a análise dos fatos. Quando um juiz profere uma sentença, sua história da vida pessoal interfere no seu modo de julgar. Assim como um juiz não é capaz de ser totalmente imparcial, o que dirá das pessoas que não passaram por nenhum tipo de preparação como uma faculdade de Direito e estágios?
Quem teria mais direito ao Reino dos Céus: um ladrão que roubou para alimentar sua família ou alguém que se recusa a ajudar seu semelhante mesmo tendo condições? Ou um homosexual que demostra compaixão ou um heterossexual que só se importa consigo mesmo?
Essas são questões que não devem ser respondidas com base nos próprios preconceitos, cada caso é um caso. Cada um responderá pelos próprios atos durante a vida, quer tenha feito o bem ou não, quer seja de forma consciente ou não. Ficam a perguntas acima para reflexão.

Nenhum comentário: