quinta-feira, 11 de maio de 2017

Peregrino

Sinto como se eu fosse um peregrino solitário percorrendo a vastidão de um deserto. As vezes encontro outros peregrinos neste deserto que logo desistem de prosseguir viagem e acomodam-se na falsa sensação se segurança de um oásis no meio desde deserto,e dali não vão mais pra lugar algum. Visualizo este deserto como um lugar de passagem que temos que atravessar e percorrê-lo com o mínimo de bagagem e sem estar preso a uma relação que impeça nosso caminhar.
Assim é a vida de cada um de nós: por mais que queiramos acreditar que ter uma companhia vai preencher i vazio que sentimos, realmente não preenche. O que alivia a sensação de solidão que sentimos é interagir com outro ser humano e deixar que ele leve algo nosso com ele, e ter dele algo conosco, algo do tipo palavras sinceras, carinho e bons sentimentos.
Viemos sozinhos a este mundo e dele vamos sair sozinhos, só o que levaremos serão os sentimentos que cultivamos, e teremos nossas ações ao longo da vida como testemunhas de defesa ou acusação, que nos absolverão ou nos condenarão. Nos apegar a outros pessoas pude ser nossa maior causa para nossa perdição, pois não devemos acreditar na falsa sensação de segurança que uma relação nos traz. Devemos sim gostar de cada uma das pessoas, mas deixá-las livres e estamos livres, unidos apenas pelo respeito e pela convergência de valores e sentimentos. Não se trata de um passe-livre posta traições, mas de confiar de que o que nos pertence ninguém nos tira.

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