segunda-feira, 27 de março de 2017

Mestre e discípulo

Estes dias consegui descrever de forma magistral e até poética para minha mãe como me sinto atualmente. Eu disse para ela que neste momento me sinto como um estudante da espiritualidade, mas que estou tendo me comportar como se já fosse um profissional experiente. Não sou nem mesmo um estagiário, mas tenho atribuições de quem já está no ramo a décadas. Se ela tivesse que esperar eu me formar para começar a usufruir dos benefícios de meus conhecimentos, ela não duraria até lá, tenho certeza.
Estou sendo mestre e discípulo de mim mesmo. Tenho que aprender e aplicar conhecimentos muito abstratos na prática. O tempo urge e não tem tolerância com atrasos. Sei que não posso dar a vida a ninguém nem prolonga-la, mas posso dar conforto e motivos para alguém desejar continuar a viver.
Ao mesmo tempo que aprendo eu ensino, e ao ensinar aprendo mais. É um círculo virtuoso. Não tenho um mestre que me oriente verbalmente diariamente, mas de alguma forma estou aprendendo cada vez mais e indo rumo ao desconhecido. Não sei para onde estes caminhos irão me levar na idade que estou, mas estou me deixando levar cada vez mais sem resistências e sem precisar me antecipar demais a todo instante. Talvez seja isso que comumente seja chamado de fé.
Não tenho referências de pessoas conhecidas com as quais eu pudesse tirar dúvidas de me servir de exemplo nos dias atuais, mesmo assim sigo em frente. Quero acreditar e aceitar cada vez naturalmente as maravilhas que uma vida sem pesares fazem conosco.

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