sexta-feira, 3 de março de 2017

Por que estudar sobre o Universo?

É interessante se informar sobre os fenômenos e corpos celestes do Universo, como: galáxias, buracos negros, planetas, buracos de minhoca, quasares, estrelas dos mais diversos tipos, e demais maravilhas distante milhares ou bilhões de anos-luz aqui da Terra. São distâncias inimagináveis para nossa mente compreender. O Universo é um enigma para o ser humano, com suas distâncias e regras incompressíveis ainda para nosso nível de conhecimento atual. Além disso, existem as teorias sobre universos paralelos, portais dimensionais, o Big Bang e a criação do Universo, entre outras.
Mas qual a utilidade de estudar e se interessar por algo que não teremos acesso com a tecnologia atual que temos? Muito do que se estuda hoje a respeito do Universo dão acontecimentos que já ocorreram a dezenas de milhões de anos e provavelmente as estrelas que vemos no céu a cada noite já não existem mais, mas sua luz demorou milhões de anos para atravessar a vastidão do Universo.
Existem lugares do Universo em que as leis da física e do tempo e espaço não se aplicam, assim como ocorrem fenômenos além da nossa compreensão. Por exemplo, mais de noventa por cento do espaço é ocupado por uma matéria escura, indetectável até mesmo para os mais potentes e modernos telescópios existentes. Essa matéria escura compõe a maior parte do espaço existente a da energia produzida no Universo, mas não pode ser medida e nem mesmo comprovada diretamente, só por meio dos efeitos da gravidade. Ou seja, não conseguimos sequer perceber o que está na orla de nosso planeta, como podemos ter a arrogância de tentar imaginar questões divinas celestiais ou mesmo a razão de estamos vivos e conscientes disto? Existem coisas que acontecem no microcosmo das células, moléculas e átomos que nem fazemos ideia de como nos afetam o tempo todo.
Imagine que se todo o Universo tiver o tamanho padrão para nós humanos ocupar? Será que estamos sozinhos nesta imensidão? Se não estamos sós, será que existem seres inteligentes nos visitando e nos observando? Será que toda forma de vida se resume a esta forma de vida mortal baseada no carbono ou será que existem seres inteligentes compostos de energia sem corpos físicos? Será que nosso Universo não passa de uma molécula de um ser inimaginavelmente enorme? Será que só existe esta dimensão do Universo?
Estudar este assuntos parece ser um ótimo exercício de desprendimento e humildade, admitir que sabemos pouco ou quase nada de nos mesmos e do que nos cerca. Nossa interação com o mundo físico se dá através dos nossos sentidos sensoriais, tais como tato, visão, olfato, paladar e audição. Estes sentidos nos permitem sobreviver e nos comunicar. Através de um cérebro mais desenvolvido que dos outros animais, conseguimos encontrar soluções para nossa sobrevivência e transmitir conhecimento para as gerações futuras.
Mas este mesmo cérebro é limitado e pode se facilmente enganado pelos sentidos e pela interpretação que se faz da realidade. Comumente interpretamos como real uma conclusão que só nos mesmos temos, diante de nossas experiências pessoais. Temos noção do que é frente, atrás, ao lado, acima e abaixo, tomando nosso corpo e nossa visão como referências, e tentamos reduzir todo o conhecimento a estas coordenadas de referência. O Universo é maior do que poderíamos imaginar e em qualquer direção que se vá não irá encontrar seu fim.
Mesmo que pareça não ter utilidade prática para a maioria dos cidadãos comuns, este tipo de  conhecimento pode expandir a mente para que ela se torne mais propícia a receber novas informações que fujam totalmente dos padrões conhecidos. Passamos a perceber a importância da energia no Universo e talvez entender que também façamos parte dele, mesmo que sua maravilhas pareçam inalcançáveis.
 Estudar sobre o Universo pode não ter aplicação prática para a maioria das pessoas em seu cotidiano. Mas se analisarmos bem, podemos ter uma ideia da dimensão da nossa pequinês diante da imensidão do Cosmo.
Para entender melhor este assunto, basta observar as formigas trabalhando incessantemente: elas não devem ter ideia da dimensão de nossa cidade ou mesmo do nosso continente. De acordo com o tamanho delas, o mundo deve parecer infinito. E se tomarmos como exemplo as colônias de microrganismos em uma fruta podre no chão, nem dá para imaginar elas atravessando o nosso continente para visitar o Canadá, por exemplo. Com certeza elas duvidariam da existência de vida em uma fruta podre em outro continente, diriam que é Teoria da Conspiração ou coisa assim, se pudessem raciocinar e falar.
Ainda não parei para estudar essa nova onda Teoria da Terra Plana, que vem circulando na internet. Como se não bastasse divulgar que a chegada do homem a Lua fosse uma farsa, agora estão divulgando que a Terra é plana como uma pizza, que tem a parte de cima onde estão os continentes e oceanos e a parte de baixo como sendo um prato para apoiar isso tudo. Veja que insanidade o que publicam livremente, e tem gente incandescida para apoiar este tipo de pensamento (se é que podemos chamar isso de pensamento). Imagine se a Rússia, China, Irã ou mesmo a Coreia do Norte iriam ficar em silêncio sobre os Estados Unidos se vangloriarem de terem chegado primeiro a Lua ou mesmo sobre a mentira do planeta esférico? Não haveria necessidade de tantos gastos com satélites e antenas de retransmissão de televisão e telefonia se a Terra fosse plana. Essa teoria remete ao tempo da Idade Média, onde se tinha como verdade que a Terra era o centro do Universo, assim como o Sol girava em torno da Terra. Naquela época não existiam aviões que cruzam continentes a alturas estratosféricas, disponíveis para qualquer um que possa pagar pela passagem. Onde está a conspiração? e ainda dizem que mentiram para nós. Muita insanidade. Esse assunto já foi parar na televisão, tamanha falta de assunto da programação das emissoras.
Sei que uma pessoa inteligente sabe tolerar as diferenças de opinião. Mas se formos debater tudo que se publica ou mesmo alguém diz, passaríamos mais tempo debatendo bobagens do que desenvolvendo ciência verdadeira ou trabalhando para nossa prosperidade e de nossa sociedade.


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